Uma boa história é como um bom vinho: precisa de um tempo de maturação

O tempo não é gentil com meus projetos e objetivos. Tenho muito mais coisas a fazer (ou que eu gostaria de fazer) do que tempo disponível. Desnecessário dizer que isso é um problema.

Por outro lado, não é que existe um lado positivo, como tudo na vida?

Um conceito que eu já tinha em mente, e que se reforça a cada ano que passa, é o de que não se deve escrever de forma compulsiva e sair publicando seus trabalhos tão logo fiquem prontos. Uma boa história é como um bom vinho: precisa de um tempo de maturação para adquirir qualidade.

A sequência de O Aprendiz do Arquimago já tem alguns capítulos escritos (inclusive, já havia alguns capítulos escritos antes do lançamento do primeiro volume), e deixei esse projeto em particular de lado por algum tempo. Ficou no escuro, maturando, e agora que retomei, estou fazendo muitas alterações bastante positivas.

Aqui cabe um pouco de autocrítica sem falsa modéstia:

Nem todos que leram O Aprendiz do Arquimago gostaram da narrativa, e por algum tempo fiquei refletindo sobre algumas críticas e opiniões, ponderando sobre o que era válido e o que era imbecil. Quanto àqueles que avaliaram o livro com algum desdém, fui conferir o que escreviam (no caso dos "colegas") e o que liam (no caso dos leitores), e aí fica fácil comprovar que o problema não está no meu trabalho. Em 100% dos casos, aqueles que desmereceram meu livro de algum modo têm em suas preferências algumas leituras que eu achei bem medíocres e/ou desinteressantes. É uma balança em equilíbrio. No cenário de escritores nacionais, por sinal, existe muita "lambeção de cu", da qual me recuso a participar, preferindo ficar quieto no meu cantinho.

No final das contas (e da leitura de alguns livros bastante populares do gênero), percebi que estou cada vez mais satisfeito com o que escrevo.  Recebo elogios maravilhosos e empolgantes de leitores, e vejo que consegui alcançar meu público-alvo, estes que assimilaram e imergiram no contexto de O Aprendiz do Arquimago. Durante algum tempo fiquei cogitando a possibilidade de mudar meus planos para a sequência, mas percebi que o melhor que tenho a fazer é manter tudo como planejado. Tenho certeza de que aqueles que gostaram do primeiro volume vão gostar (muito mais) da sequência, e quanto aos que não gostaram... tanto faz. Agradar a todos não é apenas impossível, a simples tentativa é desgastante e invariavelmente resulta em frustração. Enquanto eu tiver um leitor que goste de minhas histórias, valerá a pena escrevê-las do que jeito que forem concebidas. E veja só - eu sou meu principal leitor!

E gosto muito do que escrevo.

Enfim, a continuação das desventuras de Aglarion, Vedriny e Kyehntw'arthal estão em desenvolvimento! O título original da sequência era O Despertar dos Poderes, mas como nesse meio tempo surgiu O Despertar da Força de Star Wars, isso me incomodou e vou acabar mudando...

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